Maíra Cardi diz que vai exigir vacina; quais cuidados ter ao visitar bebê?

Maíra Cardi, 41, revelou que vai exigir que os familiares que desejarem visitar a filha que espera com Thiago Nigro, 34, tomem a vacina dTpa. A estratégia, conhecida como "casulo", é um dos cuidados que podem ser tomados para proteger a saúde de um recém-nascido.

Para que serve esta vacina

O imunizante age contra a difteria, o tétano e a coqueluche. A aplicação dele é recomendada à gestante após a 20ª semana de gravidez. A imunização materna se baseia em vacinar a mãe para que os anticorpos produzidos na gestação atravessem a placenta e protejam o feto e o recém-nascido até que o calendário básico de vacinação da criança esteja cumprido, o que se dá por volta dos seis meses. Além disso, os anticorpos também passam pelo leite materno, o que reforça a imunidade do bebê.

Para aumentar a proteção ao bebê, a chamada estratégia "casulo" amplia essa vacinação à família. A tática consiste em vacinar os familiares próximos, como irmãos, tios e avós, e adultos cuidadores, como o pai e babás para proteger o recém-nascido especialmente da coqueluche. Causada por uma bactéria, a doença tem entre seus sintomas acessos de tosse e pode ser grave, principalmente em crianças pequenas.

A galera que vai ter contato [com um bebê] nos três primeiros meses tem que se vacinar. Maíra Cardi, em publicação no TikTok

Os bebês recebem a vacina da coqueluche aos 2, 4 e 6 meses de vida. A imunidade se dá apenas após a última dose.

A vacinação completa da gestante deve ser repetida a cada gravidez, independentemente de quando a mulher engravidou a última vez. Para a população geral, o reforço da vacina dTpa deve ser realizado a cada dez anos, ou a cada cinco anos em caso de ferimentos graves, segundo o Ministério da Saúde.

Quando visitar um recém-nascido?

Ainda em sua postagem, Maíra anunciou que não deixará que as visitas peguem a bebê no colo. A influenciadora disse que, no início, somente familiares próximos e vacinados poderão ter contato com a criança.

As visitas a um recém-nascido exigem uma série de cuidados que visam proteger a saúde do bebê, ainda muito vulnerável. Idealmente, os pais devem decidir quando e onde irão receber os convidados antes mesmo do nascimento e definir eventuais regras. O recomendado é que, no primeiro dia de vida, apenas parentes muito próximos estejam presentes —e cabe ao restante da família compreender o momento.

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Caso seja feita ainda no hospital, a visitação deve ser rápida. Desde a pandemia da covid-19, as maternidades sofreram alterações nos protocolos. Independente de onde será a visita, não apareça "de surpresa".

Até os dois meses, os bebês devem manter contato apenas com familiares próximos e com os principais cuidadores. É importante ressaltar que, após o parto, a mãe também deve estar assistida e amparada, porém seguindo medidas de segurança em relação à própria saúde. Em relação à mãe, a recomendação é avaliar como foi o parto e o histórico da mulher, bem como suas condições físicas e emocionais nas primeiras horas pós-parto.

Pode beijar e pegar no colo?

Apesar de ser uma prática comum, pegar um recém-nascido no colo também pode trazer riscos. As visitas devem considerar dois pontos importantes: a higiene e a rotina daquela nova família. Se a pessoa veio da rua, por exemplo, deve tomar banho, trocar de roupa, colocar uma máscara e posicionar uma fralda/paninho próprio do bebê em contato com sua roupa antes de pegá-lo.

Em relação à rotina familiar, é fundamental respeitar a decisão dos pais e o momento daquele recém-nascido. Caso a visita chegue e o bebê esteja dormindo, o ideal é não pegá-lo, pois pode ser que ele tenha acabado de dormir. O bom senso dos visitantes é essencial e evita que os pais fiquem sem jeito em falar "não".

Pegando ou não no colo, evite beijar o bebê. Grande parte das infecções é transmitida por gotículas de saliva ou por contato direto. Por isso, beijos no rosto, mãos ou pezinhos podem ser perigosos, já que o bebê frequentemente leva essas partes do corpo à boca, aumentando o risco de contaminação. Mesmo quando o adulto não apresenta sintomas, pode transmitir doenças respiratórias, como a influenza.

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Fontes: Évelyn Traina, professora adjunta no Departamento de Obstetrícia da EPM-Unifesp (Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo); Patrícia Terrível, pediatra e neonatologista; e Daniela Anderson, pediatra e especialista em Neonatologia e Medicina Intensiva.

*Com informações de matérias publicadas em 15/08/2022, 20/09/2022 e 03/05/2025

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