Qual o segredo por trás dos vinhos únicos da belíssima ilha de Santorini?

Santorini, no Mar Egeu, é linda. De quebra, produz um dos melhores vinhos brancos do mundo, baseado na uva assyrtiko. E é surpreendente: a quantidade de luz solar que assa as videiras faria qualquer um presumir que seus vinhos seriam "gordos", com aromas de frutas sobremaduras e com baixa acidez. Nada disso: os assyrtikos da ilha grega são extremamente ácidos e secos, com aromas de casca de limão siciliano, mel, pedras e um toque salino.

E mais, fazem combinação perfeita com a comida local, abundante em peixes e frutos s frutos do mar, favas, tomates, alcaparras, queijo de cabra e berinjelas. E com a maioria dos pratos vindos do mar.

O videocast Vamos de Vinho desta semana tem como convidada Bianca Veratti, educadora de vinhos, que dá uma aula sobre os vinhos gregos e, especialmente, sobre os de Santorini.

Primeira mulher brasileira a obter o diploma da prestigiosa instituição britânica Wine and Spirit Education Trust, Bianca passa por vários temas relacionados à produção de vinhos na ilha. Inclusive por uma ameaça: como Santorini é um dos destinos turísticos europeus mais cobiçados, a expansão imobiliária pressiona os agricultores a vender suas terras para a construção de casas de veraneio e resorts.

Você pode assistir a essa e outras histórias sobre o vinho da Grécia no Vamos de Vinho, programa apresentado pelos jornalistas Vinicius Mesquita e Rodrigo Barradas. O trecho sobre Santorini está destacado acima. Para a íntegra do programa, clique no vídeo do fim da página.

Retsina, o vinho esquisito que os antigos gregos tomavam e que existe até hoje

Acredita-se que os gregos já tomavam vinho no ano 3.000 antes de Cristo. Mas era provavelmente um líquido muito diferente do de hoje. Muitas vezes, ele era temperado com flores e óleos, o que alterava bastante os aromas no copo.

Os gregos também utilizavam resina de pinheiro para vedar a superfície interna dos jarros e ânforas onde o vinho era guardado, transportado e comercializado. A influência aromática dessa substância viscosa também é muito forte.

Essa é uma tradição que se mantém até hoje: na Grécia moderna, o vinho chamado retsina é muito popular. O objetivo não é mais o de revestir os recipientes, mas sim temperar o vinho, que rega as mesas das tavernas do país.

Normalmente produzido com a uva branca savatiano, que é um tanto neutra, o retsina tem aromas pungentes de pinho, e é um daqueles alimentos que dividem o público: uma parte (normalmente os próprios gregos) o ama, outra o rejeita.

No videocast Vamos de Vinho, os jornalistas Rodrigo Barradas e Vinicius Mesquita conversam com a educadora Bianca Veratti sobre os vnhos da Grécia como um todo, reservando um tempo para o curioso retsina. Para assistir a esse trecho, clique no vídeo no topo da página. Para o programa completo, é só assistir aqui abaixo.

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