Em nome de Didi, Nilton Santos e Mané Garrincha

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Também em nome de Amarildo, Gérson, Jairzinho, Roberto e Zagallo.
Como em nome dos campeões da Libertadores.
O Botafogo honrou a Estrela Solitária que traz no peito e no coração.
Eu estava injuriado ao ouvir jornalistas calcularem de quanto o Botafogo poderia perder do PSG depois da vitória do Atlético de Madrid sobre o Seattle Sounders por 3 a 1.
Ora, até para sofrer de viralatismo há limites.
Quando o intervalo chegou no Rose Bowl estava 1 a 0, gol de Igor Jesus, lançado por Savarino, aos 36 minutos, com desvio providencial do equatoriano Pacho, como agradecimento à caneta que levou um segundo antes. Donnarumma só olhou, paralisado, como alguém antes de ser fuzilado.
Até então, como previsível, os franceses tinham a iniciativa, mas os brasileiros nada permitiam de mais agudo.
Barcola, João Neves, Ruiz e Bruno Mendes entraram no jogo aos 55, porque o Glorioso esteve mais perto do segundo gol do que sofrer o empate.
Em outros tempos, seria a disputa que definia o campeão intercontinental. O Botafogo estava na frente.
E que ninguém venha com o papinho de que os europeus não dão bola ao Mundial. Bastava ver as reações de Luis Enrique à beira do gramado.
Só faltava Dembélé, o que, de fato, não é pouco, dos titulares. O jogo completava uma hora.
5 a 0 na Inter, 4 a 0 no Atlético de Madrid, 0 a 1 com o Botafogo.
Kvaratskhelia e Doué davam trabalho e a defesa alvinegra dava conta.
Alex Telles e Savarino saíram e Rodriguez e Cuiabano entraram aos 68, para revigorar pulmões e pernas.
Os do PSG já estavam aflitos aos 70 e os do Fogão precipitados na hora de contra-atacar.
O argentino Álvaro Montoro estreou ao entrar no lugar de Artur, com câimbras.
O PSG poderia empatar, até virar, mas o Botafogo já havia mandado o viralatismo a escanteio.
Aos 80, Doué, cancelado, saiu.
Desde 2012 que time brasileiro não derrotava europeu em Mundial de Clubes.
Allan saiu, aos 86, e Newton entrou para aumentar a altura na área brasileira.
Renato Paiva deu um banho em Luis Enrique?
Bobagem. Apenas soube montar e motivar um time com erro quase zero na defesa. Apenas?
Capaz de conquistar vitória histórica, o que não significa que vá ser campeão, mas que, até mesmo na hipótese de uma revanche, com Dembélé e tudo, sim, é possível vencer.
Finalmente, não atribua a festa dos jogadores ao viralatismo, mas ao desabafo de quem era visto como gado indo para o matadouro e se comportou como alcateia.
O jornal francês L'Equipe, traz a manchete: Caiu do pedestal, com a foto dos botafoguenses comemorando o gol ao fundo e o ar désolé de dois defensores do PSG.
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